29. Bró-Bró
Poema de crroma
Olha o Bró-Bró
o Bró-Bró
o Bró-Bró!
Mas que calor
superior
a quarenta graus!
Atravessamos o sertão nordestino
setem, outu, novem e dezem;
sobre nós massa de ar estaciona
quente, bloqueia nossa umidade,
queima nossa cara.
Olha o Bró-Bró
o Bró-Bró
o Bró-Bró!
Mas que calor
superior
a quarenta graus!
Aqui é uma panela plana
quase no nível do mar,
outro determinante fator
pra calor acumular
- não bastasse o semiárido!
Dá muita desidratação
no extremo abafadiço,
escasseia água, seca cultivo,
queima o mato sanguinário.
Rezamos, de nada adianta rezar.
Bró-Bró, Bró-Bró, meu mal Bró-Bró!
Traga o socorro janeiro,
mande mais água fevereiro,
uma trégua, por favor,
ninguém atura esse inferno.
Bró-Bró, Bró-Bró, meu mal Bró-Bró!
(Do Uol: 'O que é o B-R-Ó BRÓ, fenômeno que castiga o Nordeste com calorão impiedoso')